A gravidez é um momento esperado por muitas mulheres e não deve ser diferente para as que são asmáticas. Porém, a disciplina com a continuidade do tratamento é fundamental para uma gestação tranquila.
Segundo Paulo Camargos, Vice-Presidente da Fundação ProAR, o cenário entre gestantes com asma prévia é da seguinte maneira: ⅓ podem ter os sintomas melhorados, ⅓ persistem os mesmos sintomasque já existiam antes da gravidez e ⅓ podem ter os sintomas agravados. "Ou seja, 70% das grávidas continuam com os sintomas e devem manter o tratamento indicado pelo seu médico", afirma o médico.
Os anti-inflamatórios receitados para a asma são seguros, não viciam e não tem efeitos colaterais para o bebê. O risco acontece, justamente, quando o uso da medicação é interrompida.
"Caso a gestante pare de fazer o uso do medicamento e a asma não esteja controlada, o feto corre riscos como falta de oxigênio, baixo peso e prematuridade", alerta Camargos, que tem um histórico de trabalho com crianças asmáticas e capacitação de profissionais no programa Criança que Chia, em Minas Gerais. Isso porque durante a gravidez o pulmão do bebê ainda não está formado, ou seja, todo o oxigênio que ele precisa vem da mãe, por isso a asma deve estar bem controlada.
Asma e gestantes
Já para as mulheres, o não uso do medicamento e o desequilíbrio hormonal da gravidez pode acentuar os sintomas da asma, como dificuldade de respirar, e o desenvolvimento de pressão alta, conhecido como pré-eclâmpsia.
A asma é uma doença inflamatória, geralmente alérgica, ou seja, é recomendado que a gestante evite poeira, pelos de animais, perfumes, produtos de limpeza ou outros fatores que desencadeiam as crises. Além disso, ela é familiar, podendo ser herdada pelo bebê.