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    Asma ocupacional: saiba identificar e buscar tratamento

    01/10/2020 / por Fundação ProAr

    Doença que acomete cerca de 20% de todos os asmáticos, a asma ocupacional pode gerar um "drama" para o paciente que recebe o diagnóstico.

    O que os pintores de automóveis, cabeleireiros, faxineiras, marceneiros e funcionários de câmaras frigoríficas têm em comum?  Expostos a produtos químicos com substâncias irritantes ou alergisantes durante o trabalho, muitos profissionais dessas áreas acabam desenvolvendo asma ocupacional, que corresponde a até 20% de todos os diagnósticos de asma.


    Com o objetivo de gerar mais conhecimento sobre a doença, o Dr Rafael Stelmach, pneumologista e presidente da Fundação ProAR, a Dra Elisa Lombardi, médica da Divisão de Pneumologia do Incor, e Dr. Ubiratan de Paula Santos, médico da Divisão de Pneumologia do Incor, promoveram um debate sobre o tema em mais uma live no canal da fundação ProAr no Facebook. 

    Asma Ocupacional é diferente da asma 'comum'?


    Afinal, o que diferencia a asma ocupacional da asma tradicional? Dr. Ubiratan de Paula Santos explicou que a chave para distinguir cada tipo está no local de trabalho do paciente que já tem predisposição à doença. "Asma é a mesma, incluindo as manifestações clínicas e tratamento. Existe uma diferença: os agentes causadores da asma ocupacional não estão nos domicílios".


    Já foram catalogadas cerca de 500 substâncias causadoras de asma ocupacional. Elas estão divididas em dois grupos. As de alto peso molecular são encontradas principalmente em proteínas animais e vegetais. "Elas podem estar na farinha que o padeiro manipula ou no látex das luvas", adverte Dra Elisa Lombardi. Entre as de baixo peso molecular destacam-se as substâncias químicas como o sulfato, muito usado nos produtos capilares, e o formol.


    Diagnóstico tem que ser rápido


    Quanto mais cedo é o diagnóstico, menores serão as chances de o paciente desenvolver a asma ocupacional. "Em geral, o diagnóstico é um pouco mais prolongado porque, frequentemente, as pessoas protelam o diagnóstico numa empresa. Às vezes, quando buscam o tratamento, a asma já está cronificando e torna a situação irreversível", alerta Dr. Ubiratan de Paula Santos.  


    Quando o afastamento da empresa é necessário?


    Dra Elisa Lombardi esclarece que, antes mesmo do diagnóstico, alguns pacientes precisam ser previamente afastados do trabalho.  "A gente tem que fazer um laudo bem detalhado com todos os exames que ele fez. Depois, nós sugerimos ao médico da empresa que ele seja mudado o lugar de trabalho para que esse indivíduo não fique mais exposto".


    Dr. Ubiratan de Paula Santos acrescentou que a necessidade de afastamento da função vai depender de uma análise individual, mas há casos em que a mudança de atividade é irreversível: "Se ele é pintor de automóveis e se sensibiliza por produtos que estão dentro da tinta spray, é muito pouco provável que a gente consiga mantê-lo naquela atividade. Isso porque meia dúzia de moléculas isocianatos e ftalatos que têm naquela tinta são facilmente desencadeadores de asma", afirmou o especialista.


    Doença com impacto social


    Estudos mostram que muitas pessoas com asma ocupacional sofrem abalo financeiro porque costumam ser demitidas após o diagnóstico. "Alguns acabam sendo forçados a fazer bicos na profissão original deles e ficam novamente expostos aos mesmo problemas", exemplifica Dr. Ubiratan de Paula Santos, que destacou a necessidade de bom senso do médico durante o tratamento para evitar o que ele chamou de"drama" social do trabalhador com asma ocupacional.

    
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