Empoderar pacientes com doenças respiratórias crônicas sobre suas condições é um dos motivos da Fundação ProAR existir. A asma foi pioneira nesse projeto, já que ainda é muito mitificada pela sociedade e carece de um entendimento sobre sua gravidade, letalidade e tratamentos adequados.
Foi com esta ideia na cabeça e a ferramenta de grupos do Facebook à mão que surgiu o Asmáticos no Brasil, no dia 13 de julho de 2017. O grupo autônomo, mediado pela ProAR, é uma associação online de pacientes que trocam experiências e dividem anseios sobre o dia a dia da doença,desmistificam soluções populares, como simpatias, e acolhem asmáticos e seus familiares.
O principal objetivo é trocar informação de qualidade por meio de experiências pessoais. Com regras simples e uma moderação que garante as boas práticas e o respeito mútuo entre os usuários da comunidade online, hoje o grupo possui 5.945 membros em contato diário. E o número só cresce, principalmente no quesito interação. Em 2019, eram 81 interações por dia, já em 2020, esse número mais que triplicou, chegando a 610.
A asma é a 4ª maior causa de hospitalização no Brasil, são cerca de 300 mil internações por ano segundo informa o DATASUS. Essa é uma doença que precisa de tanta visibilidade quanto problemas cardíacos ou câncer, já que se não tratada da maneira correta, pode matar.
Asmáticas e Asmáticos, uní-vos!
As mulheres são maioria no grupo. Elas preenchem 85% da comunidade Asmáticos no Brasil e também são mais ativas nas interações, dando seus relatos e acolhendo quem precisa. Boa parte do conteúdo trocado diz respeito às preocupações que envolvem a doença e dúvidas sobre o uso de medicamentos novos e seus efeitos colaterais.
Grupo Asmáticos no Brasil, Covid-19 e as dúvidas frequentes
Com o isolamento social, bem como as dúvidas frequentes sobre o novo coronavírus, o grupo Asmáticos no Brasil teve um novo salto e seu engajamento e acesso aumentaram. Em março de 2019, o grupo contava com 1.660 pessoas trocando ideias e informações, com uma taxa de engajamento de 2.171. Já em março de 2020, início da pandemia aqui no Brasil, houve um crescimento, chegado a 3.871 usuários e uma taxa de engajamento de 20.421. Isso porque asmáticos foram considerados grupo de risco para a Covid-19, doença que ataca, principalmente, o sistema respiratório.
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