O tratamento específico para a DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, tem cerca de 20 anos.Isso se deve ao fato de que as doenças causadas pelo tabagismo são um fenômeno recente, já que o hábito massivo de fumar foi incentivado a partir dos anos 1950 e estamos aprendendo a lidar com suas consequências a longo prazo até hoje. Não é a toa que, segundo a Organização Mundial da Saúde, até 2030, a DPOC será a terceira doença que mais mata no mundo.
Se diagnosticada precocemente e acompanhada com o tratamento correto, feito com broncodilatadores, os portadores de DPOC podem ter uma boa qualidade de vida. O risco, entretanto, se dá quando acontecem as exacerbações dos sintomas, o que aumenta o risco de morte.
"As exacerbações são caracterizadas pela piora dos sintomas em intensidade e/ou frequência, levando a necessidade de mudança no tratamento que estava sendo utilizado. A exacerbação é responsável pela acentuação da queda da função pulmonar, pode requerer hospitalização e é uma das causas de mortalidade dos pacientes com DPOC", alerta a Dra. Regina Carvalho Pinto, pneumologista do Grupo de Doenças Pulmonares Obstrutivas do HC-FMUSP e conselheira da Fundação ProAR.
Exacerbações dos sintomas
Não fazer uso do tratamento correto, além das infecções virais ou bacterianas que acometem as vias aéreas superiores e/ou pulmonares são algumas das causas. "A vacina da gripe, por exemplo, auxilia na prevenção de infecções pelo vírus da gripe e como consequência ajuda a prevenir exacerbações", conta a doutora.
As exacerbações dos sintomas podem ser observadas com o aparecimento ou piora da tosse, mudança da característica do escarro (aumento da quantidade ou mudança de cor) e piora da falta de ar. Esses sintomas podem acontecer isoladamente ou em conjunto.