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    Variantes da Covid-19 vão mudar o cenário de 2021?

    08/03/2021 / por Fundação ProAr

    Surgimento de cepas do coronavírus no Brasil e em outros países preocupa especialistas. Confira se as vacinas são eficazes contra as novas variantes

    A pandemia da Covid-19 acabou injetando em nosso cotidiano uma infinidade de informações científicas que pareciam incompreensíveis. Em meio à triste marca de um ano da maior crise sanitária dos últimos tempos, novos termos como “cepa”, “variante” e “mutação”, antes indigestos ao vocabulário da população em geral, entraram sem pedir licença nas casas e no cardápio de conversas.  

    Isso porque o registro de novas linhagens do coronavírus, que já era esperado por pesquisadores da saúde, veio junto com a multiplicação de casos e com mudanças no padrão dos pacientes internados em 2021. O que antes só era uma preocupação de profissionais da linha de frente, agora é um sinal de alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS). No radar de especialistas estão três variantes especialmente perigosas que tiveram origem na Inglaterra, na África do Sul e no Brasil.   

    Mas, afinal, estamos mais expostos a essas mutações? As vacinas são eficazes contra essas novas ‘versões’ da Covid-19? As perguntas que muitas pessoas estão fazendo ainda não podem ser resumidas com um ‘sim’ ou ‘não’. 

    Dra. Angela Honda, pneumologista e líder de Programas Educacionais da Fundação ProAR, explica que, por ser um vírus de RNA, o coronavírus produz variantes e mutações. “Muitas delas nem são benéficas para o próprio vírus, mas outras podem melhorar sua performance. Foi o que aconteceu com a variante britânica, que mostrou ser mais transmissível”.

    Vacinas x Mutações 

    Confira abaixo como se comportam as vacinas em relação a essas cepas, segundo avaliação da dra. Angela Honda:  

    Pfizer e Moderna 

    “Seus imunizantes parecem funcionar contra a mutação sul africana, mas pode apresentar uma redução na produção de anticorpos”.

    Oxford/AstraZeneca
    “Afirmam que sua vacina é eficaz contra a variante britânica, entretanto, pode fornecer proteção mínima contra doenças leves a moderadas e contra a variante da África do Sul”.

    Sinovac
    “O fabricante indica que sua vacina CoronaVac funcionaria para as mutações britânica e sul-africana”.

    Jansen e Novavax
    “Mostraram proteção, mas com sinais de redução de sua eficácia para a variante sul-africana”.

    Preocupação ‘Made in Brazil’

    Um estudo desenvolvido pela Fiocruz apontou que adultos infectados pela variante brasileira P.1, identificada no Amazonas, tiveram carga viral dez vezes maior do que pessoas da mesma faixa etária infectadas por cepas anteriores. Assinada por 29 pesquisadores de virologia, a pesquisa reforçou a percepção de que a explosão de casos nas cidades amazonenses em 2021 não foi uma mera coincidência. “Infelizmente, não há definição sobre a proteção das vacinas existentes contra essa variante”, alerta a líder de Programas Educacionais da Fundação. 

    A pneumologista lembra que resultados conclusivos sobre a influência da cepa brasileira nas vacinas dependerão de mais pesquisas. “Somente um estudo pequeno e inicial com a variante brasileira, e soro de pacientes convalescentes, mostrou que a CoronaVac talvez não mostre eficácia, mas outros estudos são necessários. As demais vacinas ainda não foram testadas contra a variante brasileira”.

    Luz no fim do túnel

    Na contramão do cenário de desalento, dra. Angela Honda oferece boas notícias. A pneumologista lembra que algumas vacinas contra Covid-19 reconhecem várias partes da proteína spike, que é a porta de conexão do vírus com as células humanas. “Várias vacinas são construídas por engenharia genética. Portanto, poderiam, em um curto espaço de tempo, ‘programar’ novas estruturas para colocar nas vacinas”. 

    
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