No momento em que o Brasil bate recorde de mortes diárias por coronavírus, 844 óbitos entre os dias 13 e 14 de maio, superando países como Espanha e Itália, a pressão de alguns políticos e empresários para abrandar as medidas de isolamento social aumenta.
Na manhã dia 7 de maio, o presidente Jair Bolsonaro, seus ministros e apoiadores, pediram ao STF que incluam mais categorias entre os serviços essenciais, como a construção civil. O governo do Pará, por exemplo, incluiu a categoria de empregada doméstica nessa lista, ao passo que São Paulo, estado mais atingido pela pandemia, estuda o lockdown restringindo a circulação de carros com ampliação do rodízio.
Com tantas informações e atitudes desencontradas sobre o que fazer para se prevenir e não contaminar outras pessoas, Dr. Rafael Stelmach, presidente da Fundação ProAR, frisa a importância de se manter em isolamento social em tempos de coronavírus.
A quarentena e sua eficácia
Uma das medidas de isolamento social é a quarentena, criada no século XIV, durante a crise de peste bubônica. A doença matou cerca de um terço da população de toda a Europa e, como uma tentativa de conter a sua disseminação, os navios que chegavam em Veneza deveriam manter sua tripulação dentro da embarcação por 40 dias para, só depois, desembarcar.
A modernidade vê na quarentena uma das primeiras ações de saúde pública criadas por governos. Atualmente, a quantidade de dias em isolamento varia de acordo com cada país. No Brasil, por exemplo, essa determinação não era especificada até a chegada dos brasileiros que residiam na China, onde começou a crise de coronavírus, e eles ficaram em observação por 14 dias.
Coronavírus e isolamento socia
"A quarentena serve para verificar se o paciente vai ter a doença e qual a gravidade dela", diz Stelmach, que reforça a necessidade do isolamento social para que as pessoas não contaminem umas às outras em larga escala , elevando o risco de casos graves e necessidade de hospitalização Confira no vídeo abaixo: