O pesadelo das pessoas com asma pode ser resumido em três etapas: falta de ar,tosseseca persistente e um “chiado” no peito. Quando esses sintomas se manifestam de uma só vez e sufocam a qualidade de vida é sinal que a doença está fora de controle.
Na prática, não é difícil notar quando a doença está roubando o fôlego do paciente. Se uma atividade física moderada ou um sono tranquilo dependem de um bom punhado de medicamentos, chegou o momento de buscar ajuda médica.
O pneumologista e presidente da Fundação ProAR, Dr Rafael Stelmach, adverte que muitos pacientes negligenciam esses sinais."Eles acham que têm uma doença passageira, uma “bronquite” que tem cura com o uso de broncodilatadores como salbutamol ou fenoterol, entre outros. É um conceito errado, que pode levar a crises, inclusive à morte".
'Bombinhas' funcionam?
O tratamento da asma, sobretudo na sua versão alérgica, geralmente é conduzido com o uso das 'bombinhas', como são chamados os medicamentos para inalar. Na maioria dos casos, elas são necessárias quando o organismo apresenta aversão a pó, poeira, mofo, produtos químicos e contato com animais.
Embora sejam idênticos 'por fora', esses produtos apresentam algumas diferenças na composição: "Cada bombinha pode ter de um a até três medicamentos que agem diretamente no pulmão e não causam efeitos adversos comuns nos medicamentos ingeridos pela boca", pontuaDr Rafael Stelmach.
As 'bombinhas' concentram broncodilatadores e antiinflamatórios. O primeiro grupo ''abre' o pulmão, mas não trata a inflamação causada pela doença. Já o segundo controla a inflamação e também trata da asma. A associação desses medicamentos costuma ser decisiva para conter as crises literalmente sufocantes.
Bem-estar é chave para o controle
Mas quando saber se o corpo está reagindo bem ao tratamento? A combinação de noites de sono tranquilas, prática de exercícios físicos e poucas idas ao médico é o melhor termô metro do controle adequado da asma. "O que se propõe atualmente é o controle total que permita boa qualidade, e na maior parte dos pacientes, levar uma vida normal usando diariamente com seus medicamentos para controlar a inflamação", finaliza o presidente da ProAR.