Qualquer pessoa pode ter uma infecção respiratória, mesmo que ela esteja bem e tenha bom histórico de saúde. Já os pacientes como asma, DPOC ou tuberculose podem estar mais propensos a contrair outras doenças, principalmente se não estiverem controlados e com o tratamento em dia. A boa notícia é que para tudo isso existe prevenção, tratamento e vacina.
Dra. Angela Honda, pneumologista e líder de Programas Educacionais da Fundação ProAR, explica que essas doenças respiratórias fragilizam os pulmões, que se transformam em uma espécie de porta de entrada para outros problemas. “Os pulmões tendem a ter mais inflamação e predisposição ao desenvolvimento de vírus e bactérias, causando, por exemplo, uma pneumonia”.
Evitando a pneumonia
Apontada como uma das principais causas de mortes no mundo, a pneumonia é responsável por mais de 4 milhões de óbitos anuais. Para se ter uma ideia, isso equivale à população da Croácia ou é superior ao número de habitantes do Uruguai.
Essa inflamação aguda nos pulmões causa mais perdas humanas do que o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a tuberculose e a malária juntos. São diversos os fatores de risco para contrair a doença: ser criança ou idoso, viver em aglomerações sem as condições higiênicas adequadas, desnutrição, infecção por HIV, falta de aleitamento materno e de imunização, condições de saúde crônicas e exposição à fumaça do cigarro ou poluição.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), existem basicamente quatro formas de evitar a pneumonia: lavar as mãos, não fumar, evitar aglomerações e se vacinar. Nem todas as vacinas disponíveis são capazes de prevenir os casos, mas podem evitar as formas mais graves. O Ministério da Saúde ressalta que a imunização contra a gripe também reduz as hospitalizações por pneumonias e a mortalidade pela doença.
Novos hábitos e vacinas em dia
As doenças respiratórias, em sua grande maioria, são preveníveis e tratáveis. A DPOC, por exemplo, pode ser evitada se o paciente ficar longe do cigarro, da poluição interna e externa, além das exposições e inalações ocupacionais.
Na prática, o melhor tratamento para a tuberculose é a prevenção. É que a doença tende a estacionar diante de pacientes bem tratados. Outras frentes de cuidado acabam freando a transmissão e a evolução da doença, como o tratamento de doenças crônicas e HIV, uma boa nutrição e higiene adequada.
Várias vacinas desenvolvidas para combater as doenças respiratórias estão disponíveis. Entre as opções de imunização estão a do vírus influenza (vacina da gripe), infecção pelo pneumococo (vacina contra pneumonia) e da vacina BCG, que protege contra a tuberculose.
Esse arsenal do bem está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte do calendário vacinal no Brasil. “É muito importante o conhecimento e informação sobre as doenças e vacinas para que possamos sempre nos cuidar melhor, principalmente da nossa saúde respiratória”, salientou Dra. Angela Honda.